Campo de trigo com ciprestes em Saint Rémy (Van Gogh, Vincent/Junho de 1889)
Por Lucivaldo Ferreira
Primeiro é o fecho branco
(que desce)
Abrindo em dois o azul.
Cai a casca, vinga a pele,
duas sementes de trigo
anseiam por chuva
(saliva que as rebele).
Regam-se, erguem-se, perfuram,
perfumam, vacilam, procuram,
oscilam em diferentes tons de vermelho.
Depois é o espelho,
é o mover sincopado,
é o pendão hasteado,
pequenas ranhuras,
salgados anéis...
Em riste, pincéis!
Tomai teus papéis nestes campos vazios!
De onde virão tantos rios
que enchem de cor meu celeiro?
A terra muda de cheiro
e o vento reveste de onda todo o trigal...
Há pólen bailando no ar
em todas as direções,
como as visões de um asceta,
como o querer que enceta
Cada vez mais plantações.
(que desce)
Abrindo em dois o azul.
Cai a casca, vinga a pele,
duas sementes de trigo
anseiam por chuva
(saliva que as rebele).
Regam-se, erguem-se, perfuram,
perfumam, vacilam, procuram,
oscilam em diferentes tons de vermelho.
Depois é o espelho,
é o mover sincopado,
é o pendão hasteado,
pequenas ranhuras,
salgados anéis...
Em riste, pincéis!
Tomai teus papéis nestes campos vazios!
De onde virão tantos rios
que enchem de cor meu celeiro?
A terra muda de cheiro
e o vento reveste de onda todo o trigal...
Há pólen bailando no ar
em todas as direções,
como as visões de um asceta,
como o querer que enceta
Cada vez mais plantações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário