Por Lucivaldo Ferreira
São meus algozes
hilários trampolins
que me impulsionam ao alto,
e suas línguas, a gravidade
que me introduz à velha lagoa
de águas pútridas de tão límpidas.
Ali deixarei minhas cores.
Revolverei a água até então estática
e será tão forte que decerto a grande onda
haverá de cuspir-me outra vez em direção à margem.
Dali ficarei admirando
as cores que imprimi,
pois ainda que onda,
já não era a mesma.

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