Há paz
Em algum
lugar, há
Talvez no
rumo do rio
Na velha
barca que vai
De encontro
às correntezas
Percutindo descertezas
Há paz em
algum lugar
Talvez onde
eu me deixei
N’alguma
curva do rio
Decerto ao
fundo vazio
Nas transparências
de lá
Ah, paz...
Há paz
Em algum
lugar
Nas frias
ondas de ar
De banzos,
sonos, marolas
Barrancos,
redes, gaiolas
Donde a mãe
d’água a cantar
Arpoa a mim
Negro rio
Dizendo-me
em desafio
Há paz
Em todo lugar.
(em Petrolina/PE, 21/09/2014)
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