Lesa, mas toooda amostrada
pia (rouca) a verde bacurau
eternas promessas de alvorada,
rasga-se em latumias e em orgias
edifica-se.
Lá, besta e defraudada
sobre o seu poleiro, pula,
fornica, deflora-se nos mastros
em dias de festas de infantes
e bastardos das inclementes laias.
E que morram os bardos,
profetas e memórias
e projetos
ante os projeteis insípidos
de desbotadas cores e pactos
partidos.
Tola e intocável, sobrevoa
a agourenta ave, quilômetros acima
do nível do amar
e entrega-se sem pensar
aos estupros quaternários,
e crê piamente em falso amantes,
mas jaz frígida, inodora, sem cio,
e eis que os vates hoje choram
o cantavam outrora.
Desflorada e deflorada
deflora e goza entorpecida,
apodrecida, tanto, quanto a urina esmeralda
que ornamenta seu umbigo
e amamenta seus filhos em tempo de estiagens.
Definho em tuas estalagens e
passeio em tuas veias, tuas vias
sacras e ímpias.
Prostituta centenária,
puta dos montes, onde desmentes
o teu próprio nome
e mata-nos, filhos, de fome
em tuas ingratas entranhas
repletas de estranhas crenças.
Ah, bem sabes, ave rara,
que ousei amar-te
em vão,
mas nos vãos dos teus enganos
embriaga-me-nos nas brancas mesas
de cirurgia, de jogos, de azar,
d’algum corrompido magistrado,
de búzios, enfim,
n’alguma mesa de bar.
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